PALPITANDO E SECANDO

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O HENGENHÃO É, E SEMPRE SERÁ NOSSO!!!

O HOMEM MAIS RICO DO BRASIL, E UM DOS 10 MAIS RICOS DO MUNDO, TINHA QUE SER MESMO BOTAFOGUENSE



A prefeitura do Rio recebeu uma proposta do grupo empresarial do Eike Batista para vender o Engenhão. Antes de tudo , é bom esclarecer que o Eike Batista é botafoguense e seu pai , o lendário Elizer Batista , um dos pais da Vale , é conselheiro vitalicio do clube. O Eike está sinalizando pagar os R$ 330 milhões investidos pela prefeitura no estádio ( outros R$ 40 milhões foram gastos em obras no bairro ) , corrigidos pelo IGP-M , e para ser pago em dez anos com dois de carencia. O que deseja o Eike ? Vamos lá.



O Engenhão ocupa 80 mil metros de um area total de 220 mil metros do complexo Engenhão. Isso já contando com o campo suplementar , em dimensões oficiais. O estádio fez parte de um conjunto de obras que levantaram o bairro , localizado numa região servida por dois dos maiores sh oppings da cidade ( Norte Shopping e o Nova America ) mas que era povoado por imensos terrenos de fábricas fechadas. As construtoras foram para o ataque e compraram vários desses terrenos , o que tornou a região do Grande Meier , onde o estádio se localiza , numa campeã de lançamentos imobiliarios na cidade. É ai que entram os outros 140 mil metros quadrados não aproveitados pelo complexo. O braço imobiliário do grupo do Eike deseja ali construir um mega condominio residencial , mesclando casas com prédios , aproveitando que a região tem gabarito de 15 andares , fato rarissimo na cidade do Rio de Janeiro.


O projeto do Eike preve a construção de sete prédios de 15 andares com seis unidades de 3 quartos por andar , num total de 630 apartamentos e mais 45 casas em terrenos individuais de 800 metros cada. Além disso , numa das partes frontais , voltadas para a avenida , o projeto preve a construção de um complexo médico no mesmo conceito que ele inaugurou na Barra da Tijuca , ou seja , um hospital e um centro médico com 105 salas de 40 metros cada. O hospital será vendido a Unimed. O grupo ficaria ainda com um prédio anexo ao estádio , atualmente sem uso , de seis andares e com oitocentos metros de laje por andar , e que poderia ser alugado ou vendido para uma universidade. De acordo com o estudo de viabilidade economica do grupo , esse enorme projeto imobiliario serviria para repor o custo de aquisi� �ão do estádio.


O Engenhão seria repassado de forma definitiva ao Botafogo. Seria o proprietário e não mais o concessionário. Ao grupo Eike Batista porem ainda caberiam algumas "parcelas" no estádio :
- quatro camarotes ;
- espaços publicitários em placas e ao longo do estádio a serem definidas ;
- exploração por 15 anos do Naming Rights ;
- duas datas anuais para uso da empresa de eventos que o grupo está criando em parceria com as Organizações Globo ;
E mais alguns outros pontos que não tive acesso...


Mas tem um fator que ainda não está bem negociado , que são as Olimpiadas de 2016. O estádio terá a sua capacidade ampliada dos atuais 47 para 60 mil torcedores. O custo total previsto é de R$ 60 milhões. A prefeitura e o grupo do Eike ainda não se entenderam sobre esse assunto. É um dinheiro que altera a viabilidade do investimento. O Eike não descarta bancar a obra mas quer alguma compensação. Por exemplo , depois de comprar o Hotel Gloria ( onde faz uma milionára reforma ) , ele arrematou alguns terrenos na região da Gloria e Catete e um quarteirão inteiro na Zona Portuária , onde o Rio de Janeiro construirá um novo centro da cidade. O quarteirão que ele comprou tem um gabarito máximo de 20 andares mas ele sinaliza realizar as obras no Engenhão em troca de poder construir mais alguns andares no quarteirão , o que não seria nenhuma aberração , pois na Zona Portuária algns terrenos terão prédios de 28 andares.


O assunto está muito na surdina , sendo ainda em fase preliminar de acertos. Mas...Não se surpreenda se , daqui há um ano , você tomar conhecimento de forma oficial da noticia...

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